Família do Presidente do TRF-4, que julgará Lula, já mata os “da Silva” desde Canudos!

E passando, com destaque, pelos anos de chumbo da ditadura civil-militar que governou o Brasil de 1964 a 1985. A família Thompson Flores foi, então, agraciada pelo regime com uma vaga no STF, bem como com a prefeitura, “biônica”, de Porto Alegre.

Como vemos, a família Thompson Flores tem expertise em arbítrio, violação de direitos humanos, genocídio de pobres e, principalmente, conchavos com o poder.

Mas, mais importante do que tudo isso, a família do Presidente do TRF-4 é mestra no mascaramento da barbárie com o mais farsesco formalismo jurídico!

Notem: está no DNA da família!

Na mão dos Thompson Flores, “as instituições estão funcionando normalmente” (sic) no Brasil…

– … desde Canudos!

*

(Publicado originalmente em 13/7/2017 no Blog de Romulus Maya)

A Globo e a “meritocracia”… hereditária (!)

 

“Thompson Flores”…

Uma daquelas dinastias “meritocráticas” (aspas!) judiciárias, sabe…

Daquelas em que o… hmmm… “mérito”, digamos, passa de pai pra filho…

(às vezes filha também: Isabel Gallotti, Mariana Fux, (filha do MA) Mello, etc.)

Geração após geração…

O antepassado desse aí foi nomeado por Costa e Silva – da linha mais dura da ditadura militar – para o STF. Presidiu o Tribunal no final dos anos 70, inclusive.

 

De onde se vê que a convergência ideológico-patrimonialista das famílias Marinho e Thompson Flores é antiga…

Globo e “juristocrata” unidos para dizer que o arbítrio é… “perfeitamente legal” (!)

Ontem e hoje!

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Fiz logo a relação porque o sobrenome “Thompson Flores” não me era estranho. Já vira antes, na pós-graduação em direito internacional, acórdãos antigos do STF com “Thompson Flores” – o vovô de chumbo – como relator.

Mas isso não é tudo: o “mérito” já corre nas veias da família desde o Império!

Haja… hmmm… “talento”, digamos nessa família!

E penetrância genética!

Darwin ficaria boquiaberto…

Teria até de reformular a sua teoria da evolução, talvez (!)

Sim, porque, vendo isso, Darwin obviamente concluiria que também há reprodução por brotamento na espécie humana (!):

– Filhos com as mesmas… hmmm… “aptidões”, digamos – e “mérito” (aspas!), dos pais!

Geração após geração…

Desde o século XIX!

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Aliás…

Será que, na sua passagem pelo Brasil, Darwin, a bordo do HMS Beagle, conheceu o patriarca Thompson Flores?

O “juristocrata original” – tetravô do atual?

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Na verdade, segundo o relato de Euclides da Cunha – Euclides da Cunha, minha gente! – a família Thompson Flores já vem descendo chumbo nos “da Silva” da vida (como Lula) desde…

– … Canudos!

Vaga no STJ
3/3/2015
MIGALHAS

(…) Mas isso é apenas uma observação que não deslustra a reconhecida e festejada cultura do desembargador Thompson Flores, muito menos sua história. Com efeito, estamos a falar do trineto do Coronel Thompson Flores, que morreu na Guerra de Canudos, conforme nos informa o migalheiro Euclides da Cunha, e do neto do falecido ministro do STF Carlos Thompson Flores, que chegou à presidência da Corte, quando então foi saudado pelo colega Djaci Falcão, que vem a ser ninguém menos do que o saudoso pai do presidente do STJ, Francisco Falcão.

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Prefeitura “biônica” de Porto Alegre:

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**Nota** – leitora alerta para o fato de que o Desembargador do JN não usa o sobrenome do pai – “Lenz” – porque a linhagem “juristocrático-darwiniana” Thompson Flores, “ilustre”, é a da mãe.

É ou não é a cara da elite jeca e pedante brasileira?

Escolher para “nome de guerra” aquele que confere mais status?

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Como a Globo está domesticando e pressionando os juízes do TRF-4 para terminar o serviço de Moro
Por Kiko Nogueira
13 de julho de 2017
DCM

Carlos Eduardo Thompson, presidente do TRF-4, estreia no Jornal Nacional

Assim como fez com Sergio Moro, seu torquemada de casa, a Globo está cuidando agora de domesticar e pressionar o Tribunal Regional da 4ª Região (Sul) no sentido de terminar o serviço contra Lula.

O Jornal Nacional dedicou boa parte de sua edição de quinta, dia 13 de julho, para explicar como opera o tribunal que pode tornar Lula inelegível.

A matéria era parte didatismo, parte wishful thinking. No subtexto, o repórter falava ao espectador “se Deus quiser, o destino do vagabundo será selado por estes guerreiros”.

Imagens do interior daquela corte e closes dos desembargadores João Pedro Gebran, Leonardo Paulsen e Victor Luiz Laus ilustravam a trama.

Num determinado momento, entrou ele, Carlos Eduardo Thompson, presidente do TRF-4, asseado, um retrato em aquarela ao fundo de algum medalhão, o cabelo emplastrado de brilhantina, fino, elegante, enquadrado com carinho pela câmera, declarando o que a emissora queria ouvir: até agosto de 2018, antes da eleição, o processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a nove anos e seis meses de cadeia estará julgado em segunda instância.

A pedidos, Thompson foi além: deu sua opinião sobre a sentença do Homem de Maringá. “Olha! Muito bem trabalhada!”, cravou, a mão direita reforçando o ponto. Ironizou em seguida o fato de Lula ter criticado a ação.

Ou seja, tudo no script.

Daqui em diante, Thompson e seus amigos serão presença constante em todos os veículos do grupo. Será convidado dos programas de entrevistas (o de Roberto D’ávila é batata; Bial, o cretino fundamental, em seguida).

Eventualmente, ganhará algum prêmio do tipo “Faz Diferença” ou uma patacoada dessas.

Como a Globo pauta o resto da mídia preguiçosa, serão abertas as portas da fama para Thompson e companheiros.

Conheceremos sua casa, seus familiares, seus pets e hobbies — e seu rigor no trabalho, bem como a competência.

(…)

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Desembargador Thompson Flores e o excesso dos seus floreios cênicos

A condenação de Lula e a midiática “crítica nem-nem”
Por Wilson Roberto Vieira Ferreira
sexta-feira, julho 14, 2017
CINEGNOSE

(…)

O magistrado canastrão

Ato contínuo, a máquina retórica de destruição da Globo volta seus canhões para o TRF-4 (Tribunal Regional da 4a. Região – Sul), instância  que julgará o recurso dos advogados de Lula. Agora, sob a forma de intimidação. Seguido pelo restante da grande mídia, o Jornal Nacional dedicou grande parte da sua edição do dia 13 de julho para expor os rostos e os nomes dos desembargadores. Algo assim como os cartazes de “Procurados” dos velhos filmes de western.

E uma entrevista com o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson, com todos os signos saturados da canastrice televisual – com a câmera enquadrando ao fundo a bandeira nacional e um quadro em aquarela de um respeitável juiz togado, um martelo de juiz pousado sobre um grosso livro, cabelo emplastrado de brilhantina, uma calma estudada e sobrancelhas levantadas em soberba por posar confortavelmente em uma grande poltrona ao lado de uma estátua de bronze em clássica pose de saudação e Poder, tudo em rede nacional.

 

A canastrice: saturação de signos em um enquadramento cenografado

Signos saturados que conotam moderação, bom-senso, juízo, discernimento, propriedade. Mas, ao mesmo tempo, gestual com dedo em riste como que apontando para o futuro (assim como a estátua de bronze), dando uma mensagem também de força e dureza. Um enquadramento de câmera e composição de objetos de cena tão canastríssimos que parece visivelmente roteirizado, cenografado e com marcações de cena.

Na Semiótica qualquer enunciado com tanta sobre-codificação (muitos repetição de signos  para construir uma única significação) denota intencionalidade por trás da conotação.

Temos, portanto, em rede nacional a construção da mitologia do “bom-senso”, uma construção semiótica que legitima toda a atual judicialização da Política na qual juízes e procuradores se tornam os maiores protagonistas dos destinos políticos e econômico do País.

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Romulus Maya

Advogado internacionalista. 12 anos exilado do Brasil. Conta na SUÍÇA, sim, mas não numerada e sem numerário! Co-apresentador do @duploexpresso e blogueiro.

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